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Indústria e comércio divididos

Bruno Villas Bôas A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) dividiu opiniões entre representantes da indústria e do comércio. O fim do ciclo de quatro altas foi recebido como um sinal positivo, mas parte das entidades entendeu que o corte da Selic - considerando a retração do crédito e sinais de desaceleração da economia - teria sido a decisão mais acertada. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, afirmou que a manutenção foi uma "atitude sensata", mas disse que era "o mínimo" que o BC poderia fazer dada a desaceleração da economia. - O ideal teria sido uma redução da taxa, como está ocorrendo no mundo todo. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou em nota que a manutenção da Selic deve ser "bem recebida pela sociedade brasileira", desde que seja seguida por cortes nas próximas reuniões do Copom. Já o presidente da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, considerou a decisão do BC "coerente e responsável" e não fez nenhuma ressalva. Para a Associação Comercial de São Paulo, a decisão de manter a taxa decepcionou o lado real da economia, que esperava um corte dos juros. Para a Fecomércio-RJ, o Copom perdeu a oportunidade de amenizar os efeitos da crise.
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