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Contato face-to-face ainda é a melhor estratégia

Em artigo, Adriano José Meirinho fala sobre a importância das relações interpessoais

Gerar informação qualificada e difundir conhecimento de maneira ágil entre todos os colaboradores, fornecedores e clientes. Esta é a força motriz por trás da criação de diversas ferramentas de comunicação com as quais lidamos hoje. Conseguimos, com o auxílio da tecnologia, romper diversas fronteiras e, simultaneamente, nos tornarmos cidadãos do mundo, sem deixar a estação de trabalho.

Contestar as facilidades destes recursos? De maneira alguma. Sou um entusiasta da web 2.0 e, pessoalmente, tento acompanhar não só o meu perfil no twitter e nas redes sociais que integro, mas também todas as novidades relacionadas à tecnologia e à comunicação.

Acredito muitíssimo no potencial dessas novas bases de contato humano, mas acredito ainda mais no equilíbrio e, por isso, levo muito em conta a experiência de gerações anteriores à minha que pregavam sabiamente: “A palavra de um homem vale o fio do bigode”.

Pode até parecer um pouco arcaico. Eu concordo. Mas acredito que este pensamento sobre o valor da palavra empenhada representa, na verdade, o princípio da confiabilidade nas relações pessoais, algo que, ainda hoje, depende da proximidade e do contato humano.

Sim, é verdade. Não há como não reconhecer os diversos benefícios alcançados pelo advento destas novas ferramentas. Se avaliarmos, mesmo de maneira bem superficial, podemos verificar que com e-mails, instant messengers e outros tantos recursos utilizados no meio corporativo temos, além da redução da distância e, claro, do tempo, alguns benefícios relacionados à sustentabilidade, como a sensível diminuição na utilização de papéis, devido ao menor número de impressões e até na emissão de CO2, uma vez que, com a possibilidade de conference calls, chats e mesmo vídeo conferências, o número de deslocamentos e viagens para reuniões também acaba decrescendo.

Mas, se os benefícios são inegáveis, as transformações, tanto no ambiente quanto na rotina de trabalho, também o são.

E entre as grandes mudanças, pode-se destacar a forma inadvertida com a qual suplantamos o contato pessoal. Não raras vezes, percebemos pessoas que trabalham juntas, em uma mesma sala, interagindo por meio destes comunicadores instantâneos. Pode até parecer exagero, mas é como se, vivendo em uma mesma casa, membros de uma mesma família conversassem apenas por telefone. E é esse, na verdade, um dos principais receios relacionados à adoção destes recursos: a frieza e o distanciamento.

Para solucionar, ou mesmo minimizar, estes problemas – principalmente em empresas que utilizam a tecnologia como plataforma de trabalho, como é o caso da Catho Online – é necessário executar um intenso trabalho de gestão de pessoas e de relacionamento, aproximando as diversas equipes que integram áreas e departamentos diferentes de seus respectivos líderes.

Ou seja, é preciso realizar um intenso trabalho de humanização das relações, criando condições favoráveis para que todos os colaboradores reconheçam não só as pessoas a quem respondem, mas também os colegas com quem trabalham. Esta estratégia, somada às regras e códigos de conduta, assim como ao bom senso dos funcionários, forma a base para a utilização adequada destas ferramentas em ambiente corporativo, preservando a dinâmica da geração de informação e difusão de conhecimento sem, contudo, prejudicar a confiabilidade do bom e velho contato face-to-face.

*Adriano José Meirinho é diretor de Marketing e Comunicação da Catho Online

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